O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apresentará a primeira imagem profunda do espaço obtida com o telescópio James Webb, em transmissão ao vivo que será realizada às 18h (horário de Brasília) no canal do YouTube da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa). Inicialmente, estava previsto que todos os registros fotográficos seriam revelados somente em uma live marcada para essa terça-feira (12), mas a instituição decidiu antecipar uma das fotografias e contar com a presença do presidente.
No evento desta segunda-feira (11), o político será o responsável por apresentar uma das primeiras imagens obtidas pelo satélite. O administrador da Nasa, Bill Nelson, também estará presente e fará comentários durante a live. A transmissão ao vivo ocorrerá direto da Casa Branca, em Washington.
A Nasa informou em seu site oficial as datas de uma série de transmissões ao vivo que ocorrerão nos próximos dias. Um dos eventos mais aguardados é a divulgação das primeiras imagens profundas do Universo e dos dados obtidos pelo telescópio James Webb, que ocorrerá na terça-feira (12) às 11h30min (horário de Brasília). A transmissão também ocorrerá pelo canal do YouTube da Nasa.
Em comunicado, a agência espacial informou que esses primeiros registros fotográficos marcam o início oficial das operações científicas do James Webb e relatou que vários astrônomos já solicitaram o uso do telescópio para a realização de futuras missões espaciais. "Vários times (de astrônomos) já se registraram (para usar o telescópio) por meio de um processo competitivo, no que especialistas referem-se como o seu ‘primeiro ciclo’, ou primeiro ano de observações", diz trecho da mensagem.
O telescópio
A missão espacial James Webb é fruto de uma parceria entre a Nasa, a Agência Espacial Canadense (CSA) e a Agência Espacial Europeia (ESA). O objetivo do projeto é que o telescópio consiga registrar imagens que permitam uma melhor compreensão sobre a origem do universo.
O telescópio foi lançado em 25 de dezembro do ano passado, após sete anos de atraso no lançamento devido a problemas técnicos e questões financeiras. Ao todo, foram gastos US$ 10 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões) com a tecnologia.
Um dos diferenciais da tecnologia é que ela permite a observação em luz infravermelha, que é imperceptível ao olho humano. Para os astrônomos, o James Webb pode ser considerado como o sucessor do Hubble, conhecido como o mais famoso e longevo telescópio, que foi lançado em 1990.