O telescópio espacial James Webb, da Nasa, será capaz de "cheirar" metano para descobrir planetas rochosos que podem apresentar sinais de vida. Segundo pesquisadores da Universidade de Santa Cruz, nos Estados Unidos, a concentração do gás em globos rochosos que orbitam uma estrela indicam uma possível bioassinatura, ou seja, são sinais de que há ou já houve vida nos planetas.
O James Webb busca identificar substâncias espaciais por meio da técnica espectroscopia, que se baseia na luz para estudar a composição, a estrutura e as propriedades da matéria. O metano é um gás quente e emite diferentes comprimentos de onda de luz.
O telescópio tem previsão de entrar efetivamente em funcionamento entre junho e setembro deste ano.
Para identificar a denominada bioassinatura, cientistas precisam estudar a abundância do metano, dióxido de carbono e água líquida na superfície. Apenas confirmar a presença de oxigênio não basta, já que certos organismos podem não precisar do gás para sobreviver. Por isso, o estudo se baseia no metano e não no oxigênio, que evidenciaria apenas uma única molécula.
O gás metano pode ser produzido por diversos fenômenos que não são biológicos, como erupções vulcânicas e os impactos de asteroides. Se um planeta possuir um alto índice desse gás e também de oxigênio ao mesmo tempo, pode-se interpretar como uma bioassinatura falsa.
A cautela de novas informações sobre os planetas rochosos é essencial para que o estudo tenha maior eficácia.