O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou nesta quarta-feira (22) a episcopisa (sacerdotisa da igreja episcopal) Mariann Edgar Budde, de "desagradável" e exigiu um pedido de desculpas por citar em sermão o medo entre imigrantes e pessoas LGBT+ após a posse do republicano.
"A chamada bispa que falou na terça-feira de manhã no Serviço Nacional de Oração é uma esquerdista radical que odeia Trump. Ela tinha um tom desagradável, não era convincente nem inteligente", escreveu o presidente na rede Truth Social.
Trump ainda disse que o sermão foi chato e pouco inspirador. "Além de suas declarações inapropriadas, o serviço foi muito chato e pouco inspirador. Ela não é muito boa no trabalho dela! Ela e a igreja devem um pedido de desculpas ao público!", concluiu.
O presidente participou de uma missa na Catedral Nacional de Washington na terça-feira, liderada pela bispa Mariann Edgar Budde, da Diocese Episcopal de Washington.
Veja o discurso:
A sacerdotisa citou no sermão os decretos assinados contra pessoas LGBT+ e imigrantes após assumir o segundo mandato presidencial na segunda-feira (20).
— Peço-lhe que tenha piedade, senhor presidente — disse a bispa, que falou do medo que, segundo ela, é sentido em todo o país. — Existem crianças gays, lésbicas e transexuais em famílias democratas, republicanas e independentes.
Ela defendeu também os trabalhadores estrangeiros que "podem não ser cidadãos ou não ter documentação adequada (…) mas a grande maioria dos imigrantes não são criminosos", argumentou.
Entre as dezenas de ordens executivas assinadas na noite de segunda-feira por Trump estão medidas para suspender a chegada de requerentes de asilo e expulsar imigrantes que estão ilegalmente no país. Trump também decretou que apenas dois sexos serão reconhecidos: masculino e feminino, mas não transgêneros.