
A Polícia Federal (PF) do Rio Grande do Sul indiciou 15 pessoas envolvidas em um esquema de furto de caminhonetes na região metropolitana de Porto Alegre. Os veículos eram levados para o Paraguai, onde eram trocados por maconha.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas da PF, teve como principais provas o material produzido pelos próprios suspeitos. Vídeos e fotos que documentavam o furto dos veículos, incluindo o arrombamento, a ligação forçada da ignição e até o início do transporte dos carros para clonagem.
A apuração começou em 2022, quando a PF recebeu informações sobre o furto de dois modelos específicos de veículos no Estado. Antes de obter os vídeos, os investigadores monitoraram locais estratégicos onde os carros poderiam ser escondidos. A partir desse acompanhamento, a PF conseguiu acessar o material de imagens que revelou em detalhes o esquema.
— Conseguimos acessar um material probatório robusto e complexo, que certamente será utilizado contra os criminosos, que não só cometeram o delito, mas também se vangloriavam de sua atuação dentro da comunidade criminosa — destacou o delegado Márcio Teixeira sobre o impacto das provas.
Nos vídeos, os suspeitos demonstram com facilidade como arrombam as portas dos carros, ligam as ignições usando equipamentos que decifram códigos e até impedem que o sistema de alarmes funcione com o uso de um dispositivo chamado chapolim. Toda a ação levava menos de um minuto, segundo a PF.
O caso, tradicionalmente investigado pela Polícia Civil, foi repassado à PF devido à "interestadualidade" do crime, ou seja, a atuação em mais de um Estado. A apuração revelou que os veículos furtados tinham placas clonadas e eram levados para o Paraná antes de serem transportados para o Paraguai, onde eram trocados por drogas.
Em um dos vídeos, é possível ouvir um dos homens dizendo: "É o Rio Grande do Sul fazendo o Paraguai feliz", durante o percurso onde seria feito o pagamento.
Indiciamento
Após dois anos de investigação, os 15 indiciados foram apontados como autores de furto qualificado com uso de chave falsa, adulteração veicular, receptação qualificada, tráfico de drogas e organização criminosa. Se condenados pela pena máxima de cada crime, podem cumprir até 55 anos de prisão.
— Este caso não apenas combate crimes patrimoniais, mas também enfrenta o tráfico de drogas, que afeta toda a nossa sociedade e é responsável hoje pela maioria dos crimes violentos — comenta o delegado Teixeira.
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