
Três pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (8) suspeitas de aplicar o golpe do "falso cartório" na região metropolitana de Porto Alegre. A vítima, que negociava um carro anunciado pelas redes sociais, teria sido induzida por um suposto funcionário de cartório a pagar taxas para a liberação do veículo.
Duas das prisões ocorreram em Cachoeirinha, pela 3° Delegacia de Polícia de Canoas, de onde é a vítima do golpe.
Uma mulher de 37 anos e o filho de 19 seriam responsáveis por abrir contas bancárias e receber o dinheiro do golpe. A terceira prisão ocorreu em Santiago, na Região Central, e contou com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) do município devido a periculosidade do homem, de 40 anos, sem relação familiar com os demais.
Também foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão que resultaram na apreensão de telefones celulares e cartões bancários. A análise do material tentará identificar mais integrantes do grupo.
A operação foi deflagrada a partir da denúncia, feita por uma vítima da cidade de Canoas, que foi atraída pelo anúncio de venda de um Corsa em uma rede social. Pelo WhatsApp, ela entrou em contato com o suposto vendedor e, após negociação, inclusive com envio de fotos e vídeos do carro, o valor de compra foi acordado.
A fraude teve início quando o criminoso informou que seria necessário realizar o pagamento de taxas para a transferência do carro. Neste momento, um outro integrante da quadrilha, se passando por funcionário de um cartório, exigiu o pagamento de R$ 2 mil, para a transferência do automóvel. Conforme a polícia, ele enviava vídeos de dentro de um cartório dizendo que necessitava fazer o pagamento e enviava o documento também pelo WhatsApp.
Em seguida, a vítima era induzida a realizar um novo depósito de R$ 6 mil, sob o pretexto de liberação do veículo. Essa vítima de Canoas foi lesada em R$ 8 mil. Após os pagamentos, em junho de 2024, ela não conseguia mais contato com os criminosos, era bloqueada na rede social e o carro não era entregue.
As investigações prosseguem. Conforme a delegada Luciane Bertoletti, da 3° DP de Canoas, há mais vítimas identificadas na Região Metropolitana.
— Já temos relato de mais vítimas na região metropolitana. É fundamental que vítimas procurem a polícia. Essas informações são essenciais para desmontar esses esquemas e responsabilizar os autores — disse.
A Polícia Civil alerta para que a população desconfie de negociações com exigência de valores antecipados e busque sempre verificar a autenticidade dos procedimentos junto a fontes oficiais. Denúncias podem ser feitas pelo Disque-Denúncia da Polícia Civil, pelo telefone 181.