
O júri do acusado de espancar até a morte Linton Ferreira, 46 anos, no bairro Bom Fim, na Capital, em 2022, foi cancelado no final da manhã desta terça-feira (8), pouco depois de começar. A decisão ocorreu após um perito citar informações que ainda não constavam no processo.
A defesa do réu Ismael Vezner dos Santos, acusado de homicídio qualificado, pediu a interrupção do julgamento para analisar os dados. A solicitação foi atendida pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Francisco Luís Morsch, baseado no princípio de ampla defesa do réu.
O Tribunal de Justiça não divulgou o teor das informações citadas pelo perito criminal. A nova data para o julgamento ainda será definida.
Relembre o caso
O crime ocorreu na madrugada de 4 de junho de 2022, na Rua João Telles, esquina com a Avenida Osvaldo Aranha, após discussão entre o acusado e a vítima. Linton recebeu chutes na cabeça e chegou a ter uma orelha arrancada.
No processo, a defesa de Ismael pediu um incidente de insanidade mental, que demonstrou que ele tinha condições de entender os crimes cometidos. A defesa também solicitou a desclassificação do crime para lesão corporal seguida de morte.
Em depoimento, o réu confirmou que houve uma briga entre os dois, mas negou que tinha intenção de matar a vítima. Também disse que estava bebendo vodka pura e que não sabia que tinha provocado a morte da vítima. O acusado está preso preventivamente desde a época do crime.
Linton deixou a esposa, Rita, e uma filha, que tinha 10 anos na época. Além da caçula, ele tinha outra filha e um filho, já adultos, de outro relacionamento, uma neta e um casal de enteados.