
As prisões dos homens suspeitos de praticarem tortura contra duas mulheres no bairro Sarandi, na zona norte da Capital, foram convertidas em preventivas nesta sexta-feira (21).
Os três suspeitos, de 18, 19 e 20 anos, foram detidos em flagrante na quarta-feira (19) por tortura, cárcere privado e corrupção de menor. Além deles, um adolescente de 16 anos foi internado por tortura e cárcere privado.
O caso foi descoberto quando uma equipe do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) realizava ação contra o tráfico de drogas no bairro Sarandi. Conforme o delegado Carlos Wendt, gritos de socorro foram escutados na localidade, guiando a guarnição até uma residência.
No local, encontraram duas mulheres, de 27 e 33 anos, sendo submetidas a uma sessão de tortura. A dona da casa, de 55 anos, também estava no local e teria sido obrigada a ceder a residência para a prática do crime.
Além de cortar o cabelo das vítimas, os suspeitos utilizaram objetos como martelo e facas para machucá-las. Os agressores também teriam gravado vídeos das agressões e realizado constantes ameaças de mortes.
Uma das vítimas foi encaminhada para atendimento médico devido a lesões com hematomas e sangramentos aparentes, especialmente no rosto.
Investigação
A apuração preliminar do caso aponta que os suspeitos teriam desconfiado que as vítimas estivessem repassando informações sobre o tráfico da localidade para facções rivais.
A polícia busca agora entender qual seria a relação dos suspeitos e das vítimas com as organizações criminosas.