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Juliana Leite Rangel, de 26 anos, recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (6), após ser internada por 45 dias devido a um tiro de fuzil na cabeça. O incidente ocorreu na véspera do Natal de 2024, durante abordagem de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
No momento do incidente, a jovem estava com cinco familiares em um carro na Rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro.
— Estou muito feliz e emocionado —comemorou o pai da jovem, Alexandre Rangel. À Agência Brasil, ele detalhou o estado de saúde de Juliana:
— (Está) se comunicando bem e interagindo sem sequela. Está só com aquela dificuldadezinha de andar, andando escorando na pessoa. Esses dias ela estava reclamando da visão, meio embaraçada, não está enxergando bem. O resto, glória a Deus, está tudo bem — descreveu.
Juliana chegou ao hospital em estado gravíssimo, precisou de sedação, foi submetida a traqueostomia — procedimento cirúrgico que consiste em criar uma abertura na traqueia/garganta para que o paciente possa respirar — e respirou com a ajuda de aparelhos.
Agente de saúde do município de Belford Roxo, também na região metropolitana do RJ, ela ficará na casa da irmã dela, segundo o pai.
O caso está sob investigação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). O diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Souza Oliveira, afirmou que a corporação apura todos os casos de excessos durante abordagens policiais feitas por seus agentes.
Os dois homens e a mulher que participaram da abordagem foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.
A PRF afirma que disponibiliza auxílio logístico para os deslocamentos necessários à família, além de ofertar apoio psicológico.