O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) emitiu novo pedido de prisão preventiva do químico industrial Sérgio Alberto Seewald, conhecido como Alquimista. Ele foi preso na última quarta-feira (11) durante a 13ª fase da Operação Leite Compensado, em que ele é suspeito de participar de esquema que adulterava produtos lácteos estragados para disfarçar a má qualidade dos produtos na fábrica Dielat, em Taquara, na Região Metropolitana.
Já esta última ação do MP-RS diz respeito a um outro processo, referente à quinta fase da operação, ocorrida há 10 anos. Na época, ele foi detido pelas mesmas práticas de adulteração do leite no município de Imigrante, no Vale do Taquari. Uma liminar determina que ele responda pelo crime em liberdade, desde que não atuasse na área de laticínios.
Com o desdobramento da operação, o MP-RS descobriu que ele seguiu realizando atividades nesse setor e que, por isso, descumpriu a liminar. O órgão pede que a medida que permite sua liberdade seja anulada.
Por já estar preso, na prática, a decisão faria com que o alquimista ficasse mais tempo na prisão.
Contrapontos
Sobre o pedido de prisão preventiva desta sexta-feira (13), a defesa de Sérgio Alberto Seewald disse que não irá se manifestar.
A respeito da 13ª fase da operação deflagrada na quarta-feira (11), a defesa de Sérgio Alberto Seewald disse à reportagem de Zero Hora que "ele não possui relação formal ou informal com a empresa Dielat", alvo das investigações. Segundo o advogado Nicholas Horn, "trata-se de uma criação de fatos por parte do Ministério Público, que não enseja a verdade". O representante do suspeito acrescenta que "todas as medidas necessárias para a sua soltura estão sendo tomadas".
A empresa Dielat manifestou "surpresa diante da divulgação de infundadas suspeitas sobre a regularidade de sua atuação industrial e dos produtos por ela comercializados". A companhia interrompeu temporariamente as atividades até o fim das investigações.