Foi iniciada, nesta quinta-feira (7), a terceira fase da operação Ás de Ouro, comandada pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro. O objetivo é tentar, mais uma vez, prender Bernardo Bello, um dos suspeitos de participar do atentado ao advogado Carlos Daniel Ferreira Dias. O contraventor, junto a outros sete investigados, é acusado de envolvimento no homicídio. Este é o quinto mandado de prisão contra o bicheiro.
Além de Bernardo, os agentes da operação saíram para cumprir os outros sete mandados, mas cinco destes já estão presos. Os oito alvos foram indiciados e denunciados pelo homicídio e agora por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo informações do G1, até o fim desta manhã, Bernardo Bello e outros dois ainda não haviam sido encontrados. Um dos alvos é o ex-policial militar Marcelo Sarmento Mendes, conhecido como Repolhão.
Como agiam
Conforme as investigações, o bicheiro e Allan Diego Magalhães Aguiar, que fazia o financeiro da organização, utilizavam postos de gasolina, lojas de roupas e até vendas de kits de churrasco para superfaturar movimentações financeiras visando lavar o dinheiro que viria da contravenção. O grupo teria utilizado pelo menos seis empresas e diversos laranjas para tentar tornar legal o dinheiro do jogo do bicho e de outros crimes.
Os relatórios financeiros apontam que, durante oito meses de 2021, apenas uma das empresas movimentou R$ 70 milhões, enquanto outras duas giraram R$ 80 milhões nos últimos três anos. Além do dinheiro, outros mecanismos de ocultação patrimonial também incluíam a aquisição de bens como automóveis, lanchas, terrenos e animais de raça.
Operação Ás de Ouros
A primeira fase da operação Ás de Ouros iniciou em julho de 2022 e a segunda ocorreu um ano depois. A terceira etapa é coordenada pelo Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCor-LD) da Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ). As investigações também tiveram apoio do Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (Cifra) e do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA).