- Teve início na segunda-feira (11) o julgamento dos dois réus pela morte de uma família após briga de trânsito em janeiro de 2020. São acusados mãe e filho, Neuza Regina Bitencourt Vidaletti e Dionatha Bitencourt Vidaletti.
- As vítimas foram Rafael Zanetti Silva, sua esposa, Fabiana da Silveira Innocente Silva, e o primogênito do casal, Gabriel.
- Ao longo da segunda-feira, foram ouvidas testemunhas de defesa e acusação e ambos os réus: Neuza Regina Bitencourt Vidaletti e Dionatha Bitencourt Vidaletti.
- Primeira testemunha ouvida foi o delegado Rodrigo Pohlmann Garcia, que investigou o caso è época.
- Nesta terça-feira (12), ocorreu a fase dos debates entre acusação e defesa, com aproximadamente nove horas de duração. Cada uma das partes teve duas horas e meia para fala inicial e, quando necessário, mais duas horas para a réplica e para a tréplica.
- Dionatha responde pelos três homicídios triplamente qualificados, além do porte da arma. Ele está preso desde sua apresentação à Polícia Civil após o ocorrido. Neuza responde em liberdade por disparo de arma de fogo, pois atirou em direção ao chão.
- O julgamento foi presidido pela juíza de Direito Anna Alice Schuh, e o conselho de sentença é formado por sete mulheres.
- “Estamos diante de um psicopata”, diz promotora, na manhã do segundo dia de julgamento. Ela argumentou que o crime foi realizado por motivo fútil, o que acarretaria em um aumento da possível pena.
- O advogado Cristiano Rosa disse que os réus agiram em legítima defesa. Dionatha teria visto a mãe ser agredida pelas vítimas, ficou "com medo" e disparou contra a família. Ele pontuou que o réu foi preso dias após o crime e segue detido até hoje.
- Em sua última fala, pouco antes da votação por parte dos jurados, o advogado dos réus ainda pediu que mãe e filho sejam condenados. Cristiano Rosa argumentou que o objetivo da defesa é não tornar o "fardo ainda mais pesado" para Dionatha Bitencourt Vidaletti, acusado pelas três mortes.
- Após a tréplica, às 17h50min a juíza de Direito Anna Alice Schuh determinou um intervalo, e iniciou a reunião com os jurados (que não é transmitida em vídeo), seguida da conclusão do julgamento com o anúncio do que foi decidido.
- Dionatha foi condenado a 35 anos e quatro meses de reclusão pelos três homicídios e pelo porte de arma. As três qualificadoras foram aceitas pelos jurados — motivo fútil, perigo comum, recurso que dificultou a defesa das vítimas. Ele já estava detido preventivamente na Penitenciária Estadual de Canoas desde 29 de janeiro de 2020, totalizando três anos, 10 meses e 19 dias. Assim, resta cumprir a pena de 31 anos, cinco meses e 11 dias de reclusão.
- Neuza Regina Bitencourt Vidaletti, mãe de Dionatha, foi sentenciada a dois anos de reclusão pelo disparo de arma de fogo, substituída por prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária.
Triplo homicídio
Notícia
Réus por morte de família após briga de trânsito no Lami, mãe e filho são julgados em Porto Alegre
Foram mortos a tiros em 2020 Rafael Zanetti Silva, a esposa, Fabiana da Silveira Innocente Silva, e o primogênito Gabriel. Respondem Neuza Regina Bitencourt Vidaletti e Dionatha Bitencourt Vidaletti
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