O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quarta-feira (1º), juntamente com seus ministros, medidas para reforçar a segurança pública em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo. A ação é uma resposta em apoio ao governo do Rio de Janeiro no combate ao crime organizado.
No estado do Rio, ocorre um conflito entre grupos de milicianos e traficantes. Na semana passada, a maior milícia da região incendiou 35 ônibus em retaliação à morte de um de seus líderes. Além do que foi anunciado, uma das propostas em análise é a possibilidade de acionar as Forças Armadas para intensificar a vigilância nas fronteiras e nos portos do país, visando a redução do tráfico de drogas.
O governo federal rejeita a ideia de empregar militares para questões relacionadas à segurança urbana, incluindo operações em áreas de favelas do Rio. Também está descartada uma intervenção no Estado, como ocorreu durante o governo Temer.
Equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Força Nacional foram destacadas para fortalecer a segurança nas estradas, enquanto a Polícia Federal (PF) foi designada para operações nos aeroportos do Estado.
A medida anunciada pelo presidente é uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Itaguaí; e aeroportos do Galeão e de Guarulhos. A ação terá duração, pelo menos, até maio de 2024.
— A situação está muito grave. A violência está se agravando a cada dia que passa. Por isso, decidimos tomar medidas que ajudarão o Brasil a se livrar do crime organizado. Se for necessário reforçar mais portos e aeroportos, vamos reforçar — completou Lula.
Além do presidente, participaram do anúncio o ministro da Casa Civil, Rui Costa; o ministro da Defesa, José Múcio; o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa; o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta; o comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno; e o diretor da Polícia Federal, Andrei Passos.
Dino já havia afirmado que o governo negociava internamente a atuação das Forças Armadas para fortalecer o combate ao crime organizado. O ministro antecipou que poderia haver um reforço desses em áreas sob jurisdição federal, como é o caso de portos, aeroportos e fronteiras.