Após dois dias de julgamento, Adriana Guinthner foi condenada na noite desta terça-feira (31) pela morte do próprio marido em 2006, em Novo Hamburgo. O Tribunal do Júri da Comarca de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, condenou a acusada pela morte a tiros do escrivão judicial Paulo Cesar Ruschel. A sentença de 15 anos e nove meses de reclusão em regime inicial fechado foi proferida pela juíza Anna Alice da Rosa Schuh por volta das 20h30min.
Adriana foi condenada pela prática do crime de homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima). Ela respondia ao processo em liberdade e teve a prisão decretada pela juíza.
A sessão do júri começou na segunda-feira (30), quando foram ouvidas cinco testemunhas de defesa e cinco de acusação. Ao final do dia, ocorreu acareação entre dois peritos. Na retomada, na manhã desta terça, a ré foi interrogada em plenário por cerca de duas horas, e também passou por acareação com uma testemunha. Depois houve as manifestações de acusação e defesa, a reunião dos jurados e leitura da sentença.
O que diz a defesa
De acordo com a assessoria de imprensa do escritório Jader Marques, a defesa respeita a decisão e vai oferecer os recursos legais.
O caso
Paulo Cesar Ruschel foi morto enquanto dormia, em casa, com dois tiros na cabeça e um no tórax, em outubro de 2006. Para o Ministério Público, a mulher planejou a morte do companheiro por "interesses financeiros". Após a investigação policial, Adriana foi denunciada pelo Ministério Público ainda em 2006. No entanto, uma série de recursos ajuizados no Tribunal de Justiça do RS e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, estenderam a duração dos trâmites até o júri.