Foi retomado na manhã desta terça-feira (31) o júri da mulher acusada de assassinar o próprio marido, em 2006, em Novo Hamburgo. A sessão teve início por volta das 10h com o interrogatório da acusada Adriana Guinthner.
No primeiro dia de julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas de defesa e cinco de acusação. Ao final do dia, ocorreu acareação entre dois peritos. Nesta terça, após o interrogatório, inicia-se a fase de debates entre defesa e acusação. A sentença deve ser conhecida ao longo do dia.
Adriana Guinthner responde por homicídio duplamente qualificado (por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) pela morte do escrivão judicial Paulo Cesar Ruschel. O julgamento ocorre no Fórum de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, em sessão presidida pela juíza Anna Alice da Rosa Schuh.
Ruschel foi morto enquanto dormia, em casa, com dois tiros na cabeça e um no tórax, em outubro de 2006. Para o Ministério Público (MP), a mulher planejou a morte do companheiro por "interesses financeiros".
Após a investigação policial, Adriana foi denunciada pelo Ministério Público ainda em 2006. No entanto, uma série de recursos ajuizados no Tribunal de Justiça do Estado (TJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, estenderam a duração dos trâmites até o júri.