A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (20) a Operação Lupi, com o intuito de investigar a atuação de uma organização criminosa dedicada à extração, comercialização e exportação ilegais de ouro extraído de reservas indígenas e unidades de conservação federal, bem como à lavagem do dinheiro, bens e ativos de origem ilícita.
A ação é decorrente das investigações realizadas nas operações Kukuanaland e Bullion, deflagradas em fevereiro e maio deste ano pela PF, respectivamente.
Nesta etapa, cinco mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva expedidos pela Vara Única Justiça Federal são cumpridos por policiais federais em Anápolis (GO) e Manaus (AM).
Durante o inquérito policial, a Polícia Federal identificou a possível existência de grupo criminoso, cujo modo de agir passa pelas seguintes atividades ilegais: extração do minério em áreas proibidas, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e subsequentes transporte, comercialização e exportação do ouro ilegal.
A polícia investiga a hipótese de que o ouro extraído ilegalmente de reservas indígenas e unidades de conservação federal vinha sendo “esquentado”, mediante documentos ideologicamente falsos, nos quais o grupo declarava origem diversa da real, como se o metal tivesse sido extraído de área autorizada.
A partir das medidas judiciais executadas nesta quarta-feira, a PF pretende identificar os principais envolvidos na exportação do ouro ilegal, demais integrantes da organização criminosa, recuperar ativos financeiros e estancar atuação do grupo.
O nome Lupi vem do latim e significa "lobos", tendo em vista que os suspeitos se comunicavam por aplicativo de mensagem em um grupo denominado “Wolf”, que é lobo em inglês.