O Tribunal de Justiça marcou para o dia 25 de abril de 2024 o novo júri da psicóloga Lisiane Rocha Menna Barreto, acusada de envolvimento na morte do noivo em maio de 2012 na zona sul de Porto Alegre. Será na 3ª Vara do Júri da comarca da Capital.
O bancário Marcelo Henrique Prade, 46 anos, conforme acusação, foi assassinado em casa, no bairro Nonoai, por suposto interesse financeiro dos investigados. O crime ocorreu quando ele havia chegado em casa após retorno de uma viagem a trabalho.
A ré chegou a ser condenada a 18 anos de prisão em março do ano passado. Ela cumpriu pena inicial em liberdade por estar grávida. Mas a Justiça anulou o júri porque a defesa dela recorreu, alegando que todos os réus deveriam ser julgados juntos. São mais dois investigados, dois homens que teriam agido, segundo apuração, a mando da psicóloga.
Um deles é tio dela e foi recapturado pela polícia gaúcha na terça-feira (5) em Itapema, no litoral de Santa Catarina, e já foi reconduzido ao Rio Grande do Sul. O detido foi identificado como José Vilmar dos Santos Rocha, 70 anos, natural de Tapes. Ele é apontado como um dos três autores do homicídio e estava foragido há 11 anos.
O outro réu, que também reponde em liberdade, é Elisandro Rocha Castro da Silva. Ele e Lisiane foram presos na época dos fatos e soltos depois. Prade era funcionário do Banco Sicredi e foi encontrado morto em sua casa, com mãos e pés amarrados com fios de luz. Os olhos e boca estavam vendados e havia sinais de estrangulamento.
O corpo de Prade estava enrolado em um tapete. Foram levados pertences da casa vítima, o que sugeriria, inicialmente, que Prade tivesse sido vítima de latrocínio. No entanto, no decorrer da investigação da Polícia Civil, apurou-se que se tratava de homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A investigação apurou que o homicídio teria sido encomendado pela noiva de Prade. Rocha e Silva teriam executado o bancário, conforme acusação. Como consta na denúncia do Ministério Público, a psicóloga teria interesse nos bens do seu noivo e em um seguro de vida dele. Os valores não foram divulgados. GZH tenta novo contato com os advogados dos suspeitos para contraponto.