O número de queixas contra a agência Gales Turismo, de São Leopoldo, no Vale do Sinos, subiu para mais de 60 ao longo da última semana. A empresa fechou a sede física no centro da cidade no início do mês e comunicou os clientes que as viagens de julho estão suspensas. Um inquérito investiga o caso pela possibilidade de estelionato.
Nesta sexta-feira (21), a proprietária foi ouvida na 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo. Conforme a delegada Cibelle Savi diz que ela foi questionada, principalmente, sobre a gestão financeira da agência. O objetivo é entender se a direção já sabia que não conseguiria cumprir com os pacotes de viagem quando realizou as vendas.
No comunicado padrão enviado aos clientes, via WhatsApp, a direção alegou dificuldades financeiras oriundas da pandemia e disse que precisa de um período de 90 a 180 dias para a reestruturação do negócio. Em cartaz fixado na antiga sede da empresa, na Rua São Joaquim, é dito que as vendas seguirão de forma online, mas os clientes afirmam não ter conseguido mais contato com a agência.
Pessoas que iriam viajar para a Itália na semana passada criaram um grupo para trocar mensagens sobre a situação. A mobilização, no entanto, já reúne turistas que tinham pacotes adquiridos para outros meses e destinos.
— Agora, pretendo fazer a leitura mais atenta dos depoimentos das vítimas e ouvir mais testemunhas, como os funcionários da empresa — explica a delegada.
Contraponto
A reportagem tenta contato com representantes da Gales Turismo desde a semana passada por meio dos números colocados à disposição dos clientes mas, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno. GZH também mandou mensagem de WhatsApp para o número da proprietária, mas ela também não retornou.