Correção: o dono do depósito em que o crime aconteceu é Leopoldo Rausch Potter. Rudimar da Silva Rosa não é sócio do depósito. Rosa é proprietário de uma empresa de guincho, e não Tiago More Martins. As informações erradas foram publicadas entre 21h08min da quarta-feira (26) e 8h28min de quinta (27). O texto abaixo está corrigido.
Três suspeitos de envolvimento na tortura e assassinato de um jovem e de um adolescente, em 31 de março, em Sapucaia do Sul, são considerados foragidos. Wesley Amaral dos Santos, 19 anos, e Jonathan Júnior Xavier Lopes, 16, foram encontrados mortos, com as mãos amarradas e saco na cabeça em uma estrada da cidade.
O trio teve prisão decretada em 10 de abril, mas até o momento não foi encontrado. Os nomes deles não foram divulgados pela Polícia Civil, mas GZH apurou que trata-se de Leopoldo Rausch Potter, 39 anos, dono do depósito, Rudimar da Silva Rosa, 41, dono de uma empresa de guincho, e Tiago More Martins, 38.
As ordens de prisão se tornaram públicas no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). Isso significa que eles podem ser presos por qualquer agente policial do Brasil se forem abordados e tiverem seus nomes consultados. A prisão é por homicídio, qualificado por tortura.
A delegada Angélica Giovanella afirma que a 1ª Delegacia de Polícia de Sapucaia do Sul segue investigando e não descarta a participação de outras pessoas no crime. Ainda não foi apurado o envolvimento de cada um deles no crime.
Crime seria castigo por furto de baterias
A investigação apontou que Wesley e Jonathan teriam ido até um Centro de Desmanche de Veículos credenciado pelo Detran para furtar duas baterias na noite de 30 de março. Eles estariam acompanhados de outros dois, que ficaram do lado de fora do estabelecimento, conforma apuração.
A dupla teria sido flagrada e rendida por seguranças dos depósitos, conforme os amigos que ficaram do lado de fora e que conseguiram fugir. Avisada pelos dois, a mãe de Jonathan, Edilaine Xavier, contou que foi até o depósito e ouviu dos seguranças que eles haviam disparado para cima com a intenção de assustar os rapazes e que ela poderia voltar para casa, pois logo eles retornariam.
— Nada justifica o que ele fez, de entrar num lugar fechado. Mas ele estava deitado já. Que chamassem a polícia — disse Edilaine à GZH cinco dias após o crime.
Sem notícias ao longo da madrugada, Edilaine estava a caminho da delegacia para registrar o desaparecimento do filho quando soube, pelas redes sociais, do encontro de dois corpos em uma estrada de Sapucaia do Sul. Uma familiar foi até o local e reconheceu Wesley e Jonathan pelas tatuagens.
Contraponto
O advogado Lucio Constantino, que defende Leopoldo Potter, diz que pediu acesso ao inquérito policial e aguarda a íntegra para "as providências legais e cabíveis que certamente serão tomadas".
As defesas de Rudimar da Silva Rosa e de Tiago More Martins não foram localizadas.