O Procon de São Paulo decidiu notificar a Zara do Brasil, a fim de pedir explicações sobre o caso "Zara zerou", noticiado na última semana. Segundo a Polícia Civil do Ceará, o auto-falante da Zara do Shopping Iguatemi de Fortaleza anunciava a frase como um código para alertar os funcionários quando chegava algum cliente tido como suspeito, o que incluía pessoas negras. A Zara nega as acusações.
Em nota, o Procon informou que a empresa deve informar sobre a política de treinamento que a loja aplica aos funcionários, além das medidas de conscientização, prevenção, programas de diversidade, inclusão e combate ao racismo e à discriminação de gênero.
O texto diz ainda que a Zara deverá prestar esclarecimentos sobre as providências tomadas junto aos funcionários e colaboradores que realizaram a abordagem, bem como para posterior assistência à cliente. As respostas devem ser encaminhadas ao Procon até quarta-feira (27).
Procurada pela Folha, a Zara afirma que não tolera qualquer tipo de discriminação e que tem a diversidade e o respeito como valores de sua cultura corporativa.
"A Zara Brasil nega a existência de um suposto "código interno" para discriminar clientes. A Zara rechaça qualquer forma de racismo, que deve ser tratado com a máxima seriedade em todos os âmbitos", diz a empresa em nota.