Após quase cinco horas de discussões, a reunião entre o Carrefour e as autoridades para discutir as reparações por conta do episódio que resultou na morte de um cliente, João Alberto Freitas, em novembro passado, em Porto Alegre, terminou sem acordo na madrugada desta quinta-feira (10). Não há previsão de retomada das negociações.
A reunião, que começou por volta das 19h de quarta-feira (9), foi mediada pelo Ministério Público Estadual (MP-RS) e envolveu diversos órgãos, como o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Defensoria Pública do Estado (DPE).
O Carrefour buscava um acordo extrajudicial com assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o que livraria o hipermercado de qualquer ação judicial por responsabilização pelo episódio. Para isso, a empresa propôs pagar mais de R$ 100 milhões, que seriam convertidos em investimentos em ações afirmativas contra o racismo e reparações.
Segundo a Defensoria Pública, que não divulgou detalhes, não houve consenso entre as partes.
GZH tenta contato com o Ministério Público, mas ainda não obteve retorno.