Mais duas pessoas com suspeita de envolvimento no ataque a banco em Criciúma, no sul de Santa Catarina, foram presas no Rio Grande do Sul. Em coletiva de imprensa, no fim da manhã desta quinta-feira (3), foi informado que dois homens foram detidos em Gramado, na serra gaúcha, nesta manhã.
Segundo a Polícia Civil, um deles foi identificado como um criminoso com envolvimento com a maior facção do país, com origem em São Paulo. O nome do preso não foi divulgado na coletiva, mas GZH apurou que se trata de Marcio Geraldo Alves Ferreira, o Buda.
Conforme a chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, as prisões aconteceram durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em uma residência. Além do preso vinculado à facção, outro homem teria tentado escapar do local e se embrenhado em um matagal, mas acabou detido. A polícia não divulgou detalhes por enquanto.
O delegado a Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), João Paulo Abreu, informou que o preso que possui vínculo com o grupo de São Paulo é natural de Minas Gerais. Ele teria participado de uma tentativa de resgate de uma das lideranças do grupo criminoso com atuação no país. A participação deles no ataque em Criciúma ainda não foi detalhada.
As prisões
Durante a coletiva de imprensa, foram divulgadas mais informações sobre as prisões realizadas até o momento. O vice-governador e secretário da Segurança Pública do RS, Ranolfo Vieira Júnior, afirmou as forças de segurança gaúchas vem trabalhando de forma integrada com Santa Catarina. Informou ainda que as prisões são de pessoas são com participação direta ou indireta com o crime em Criciúma.
A prisão mais recente, além da de Gramado, aconteceu no início da manhã no Litoral Norte. Em uma casa no limite entre os municípios de Três Cachoeiras e Morrinhos do Sul foi preso um homem, natural do Paraná. No local, foram apreendidos materiais, entre eles roupas sujas de sangue, que indicam que parte do bando pode ter passado pelo local. Há suspeita de que um ou até dois criminosos tenham sido baleados durante o assalto. Quando foi ouvido de maneira informal pelos policiais, o preso alegou que recebeu R$ 5 mil para ir até este sítio e queimar tudo que estava no local.
— As circunstâncias da prisão e objetos apreendidos levam a crer que essa casa possa ter servido de base de transição para essa quadrilha, após o fato ocorrido em Criciúma — disse o vice-governador.
Dos presos, nenhum é natural do Rio Grande do Sul – a maior parte é do Estado de São Paulo. O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Luís Carlos Reischak explicou que os três presos em Passo de Torres apresentaram identidades falsas, mas os policiais confirmaram que dois deles já eram foragidos. O trio estava em um Citroen, transportando R$ 49 mil.
Antes dessa prisão, outros dois homens já haviam sido presos também pela PRF na BR-116, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Eles estavam a bordo de um HB20, onde foram encontrados cerca de R$ 8 mil. Os dois não quiseram informar o que estavam fazendo no Estado. Há suspeita de que o veículo tenha sido usado como um batedor — para tentar evitar que os demais fossem identificados em barreiras policiais, por exemplo.
Ainda foi presa uma mulher em São Paulo, em uma casa onde foram apreendidas munições de fuzil e drogas. Ela é companheira de um líder de quadrilha investigado por outros roubos em São Paulo.