O delegado Anselmo Cruz, da Divisão Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santa Catarina, afirma que a série de ataques registrada em Criciúma, na madrugada desta terça-feira (1º), "não se trata de um crime de facção". O policial diz, contudo, que os criminosos responsáveis pela ação devem ser de fora do Estado.
— Foi uma ação bastante violenta, sem dúvidas a ação mais violenta da história do Estado de Santa Catarina (…) Pelo modus operandis (modo de agir), já se aponta para (um grupo de) fora do Estado. Não são criminosos locais. Essa é a primeira informação da investigação que começou a ser feita agora — afirmou Cruz em entrevista à Rádio Gaúcha.
Os veículos usados pelos criminosos foram encontrados, durante a manhã, abandonados em uma lavoura na cidade de Veneza do Sul, próximo a Criciúma. Até as 9h30min, ninguém havia sido preso pelo crime.
O ataque que aterrorizou o município catarinense ocorreu no começo da madrugada e teve a participação, conforme a polícia, de cerca de 30 bandidos, que usavam armamento de grosso calibre e explosivos.
Foram realizados disparos em vários pontos da área central da cidade, inclusive no Batalhão da Polícia Militar. Os criminosos ainda tentaram incendiar um túnel que dá acesso a Criciúma, na BR-101, para evitar a aproximação da polícia.
Durante o ataque, duas pessoas ficaram feridas. Um policial foi atingido por um disparo no abdômen e está hospitalizado, e um vigilante também foi baleado.