Às 13h41min desta sexta-feira (2), Carlos Alexandre da Silva foi escoltado da Delegacia da Mulher até o Departamento Médico-Legal (DML) pela delegada Tatiana Bastos e a agente Karla Motta dos Santos. As duas participaram da ação que resultou na prisão, horas antes, no Centro Histórico, do suspeito de estuprar uma mulher durante assalto — resultado da busca que se estendeu por meses.
Tentando rastrear os passos do foragido, policiais da Delegacia da Mulher vasculhavam bairros onde o suspeito costumava circular. Tentaram repetidas vezes encontrar o homem no Campo da Tuca, na Zona Leste, onde ele tem familiares. Verificaram endereços que constavam como dele. Chegaram a realizar uma operação. Todas as tentativas foram frustradas, até esta sexta-feira.
Pela manhã, a delegada e mais três agentes seguiram outra vez em direção ao centro da Capital. A informação era de que o homem, que estaria pernoitando nas proximidades, almoçaria perto do Mercado Público. Às 10h, na chuva, os policiais se espalharam a pé pela Praça XV de Novembro. Por telefone, avisavam um ao outro.
De moletom cinza e calça jeans, um homem com as mesmas características foi visto caminhando ao lado do Mercado Público. Os agentes se aproximaram e reconheceram Carlos Alexandre. Ele se dirigia a um restaurante, com um guarda-chuva preto. Havia temor que tentasse escapar correndo em meio aos pedestres.
Dois policiais militares, que atuam no monitoramento da região, juntaram-se aos policiais civis para fechar o cerco. Às 11h20min, os agentes se aproximaram ao mesmo tempo e anunciaram a prisão. Sem reação, com uma pistola falsa na cintura, o foragido se viu cercado e não tentou fugir.
— Com três vítimas identificadas, com reconhecimentos e com toda a prova que coletamos, possivelmente, é o que esperamos, ele ficará recolhido ao sistema prisional, para que deixe de fazer novas vítimas — disse a delegada.
Em depoimento à Polícia Civil, Carlos Alexandre se reservou o direito de manter-se em silêncio. GZH tenta contato com a defesa dele para contraponto.