O Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) fará apuração interna para averiguar denúncias contra uma médica. Na sexta-feira (29), Scilla Lazarotto realizava o parto de Pâmela Calçada, 27 anos, quando foi supostamente agredida pelo marido da paciente, Wagner Quevedo. Após o incidente, tanto médica quanto paciente registraram boletim de ocorrência denunciando situações de violência.
No registro policial, a médica relata que foi agredida por chutes e socos, e que chegou a ser ameaçada pelo homem que, segundo ela, declarou estar armado.
Já Pâmela relata xingamentos e maus tratos ao longo do procedimento do parto. O marido dela, em vídeo divulgado nas redes sociais, confirma ''uma troca de empurrões'', mas nega que estivesse armado. A defesa do casal diz ainda que está esperançosa "de que seja feita justiça, pela família da Pâmela, e pelas dezenas de mulheres que vem narrando situação de violência física e moral relacionadas à mesma profissional''.
Procurada, a médica Scilla Lazarotto não quis se pronunciar sobre as suspeitas.
A Polícia Civil está investigando os fatos e deve concluir o inquérito neste final de semana.
Em nota, o hospital ''reitera que repudia todo e qualquer tipo de violência'' e ''que possui o canal da ouvidoria aberto para qualquer ocorrência''. Já o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul disse que ''defende uma profunda apuração do fato''.