Desaparecido desde 13 de março, o técnico de enfermagem Onélio da Rosa Freitas, 56 anos, não retornou para casa após sair de um plantão de 12 horas em um hospital da Capital na manhã da última sexta-feira. O caso é investigado pela 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Porto Alegre.
O Siena vermelho de Freitas foi encontrado dois dias depois do sumiço, em 15 de março, na Rua Fernando Camarano, no bairro Rubem Berta, na Zona Norte. A delegada Roberta Bertholdo já ouviu familiares mas, por enquanto, prefere não divulgar detalhes da investigação. Roberta reforça que Freitas não tem antecedentes criminais ou ligações com o crime organizado.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela Polícia Civil mostram o momento exato em que o Siena foi deixado no Rubem Berta, por volta das 20h do dia 15. Dois homens deixam o veículo e saem caminhando pela Rua Fernando Camarano. O carro já foi encaminhado para perícia. Desde às 7h da manhã da última sexta-feira (13), Freitas não respondeu mais nenhuma mensagem ou chamada no celular.
O técnico em enfermagem é natural de Cachoeira do Sul, no centro do RS, mas vive em Porto Alegre desde os 23 anos. Há mais de 30 anos, trabalha no mesmo hospital na Capital. É separado, tem dois filhos e mora junto com o caçula no Parque dos Maias.
— Ele é querido por todos os pacientes, inclusive todos os colegas ficaram bem angustiados com o sumiço. Ele nunca desapareceu e sempre foi muito família, preservava muito o momento com os filhos. Todo o domingo estávamos juntos — afirma a filha mais velha, Laura Freitas, 26 anos.
A filha conta que as tentativas de contato com Freitas começaram na sexta-feira ao meio dia. Na madrugada de sábado, a foto do WhatsApp do técnico foi trocada. A família registrou a ocorrência do desaparecimento durante o sábado.
— Quando chegou o sábado e ele ainda não havia aparecido, me desesperei. Estou torcendo para que ele apareça logo e que esteja bem. Espero que só tenha sido um susto — afirma a filha.