Pouco mais de 20 dias depois de serem encontrados os corpos do casal Graziela Corrêa Vicente, 31 anos, e de Vicente da Cunha Soares, 36, a Polícia Civil de São Gabriel recebeu os laudos de necropsia dos cadáveres.
Os documentos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmaram o que havia sido verificado desde o início, que os dois apresentavam marca de tiro na nuca. Foi constatado que a mulher também foi estrangulada e degolada. No entanto, outras marcas de violência não foram encontradas porque os cadáveres já estavam em avançado estado de decomposição.
Havia a suspeita de que ambos pudessem ter sido vítimas de tortura, já que o homem também estava com as mãos amarradas para trás, além de eles terem sacos de areia junto aos corpos para afundar nas águas do riacho onde estavam, na localidade de Banhados.
Devido a complexidade do caso, a investigação é mantida sob sigilo e mais detalhes não são divulgados pelo delegado José Soares Bastos. O primeiro corpo encontrado foi o de Graziela, no dia 26 de dezembro de 2019. O funcionário de uma fazenda fazia trabalhos no local quando avistou o cadáver parcialmente submerso nas águas do pequeno riacho. No outro dia, quando policiais foram ao local para buscar mais pistas sobre o crime, localizaram o corpo de Soares.
O casal não era visto desde 20 de dezembro, quando estiveram em um supermercado no centro de São Gabriel para fazer compras. Um dia antes, Graziela e Soares deixaram os filhos, de três e 11 anos, na casa dos avós maternos para passar as férias.
O casal era morador do Assentamento Madre Terra, no interior de São Gabriel. O corpo deles foi encontrado cerca de 10 quilômetros distante de onde residiam.