
A morte de Nathana Stephany Marques Gay, 23 anos, na madrugada de segunda-feira (18), desencadeou reação por parte da Brigada Militar (BM). Na noite desta terça (19), pelo menos seis equipes do Batalhão de Polícia de Choque estão reforçando o policiamento nas ruas do bairro Cidade Baixa.
O reforço é por prazo indeterminado e ocorre no período entre a tarde e a noite.
— A Cidade Baixa já tem um olhar diferenciado de nossa parte, já tem mais efetivo destacado em função de suas características, por ter muita concentração de pessoas. Mas agora estamos com esse reforço para aumentar a sensação de segurança da população — confirmou o tenente-coronel Luciano Moritz, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar.
O oficial disse que a segunda-feira foi um dia de tristeza para a corporação por causa da morte de Nathana.
— Foi um dia triste para nós e queremos reforçar um pedido: de que as pessoas não reajam. Se for surpreendido por um criminoso, tente manter a calma e fazer movimentos claros para que não sejam confundidos com reação — destacou.
GaúchaZH percorreu o bairro Cidade Baixa na noite desta terça-feira (19) e registrou o reforço policial. Além de patrulhas do Batalhão de Choque, há uma equipe do Comando de Policiamento da Capital em apoio ao efetivo normal do 9º BPM, que é responsável pela área.
— A BM vai manter o reforço no policiamento no período necessário com o intuito de restabelecer a segurança da comunidade do bairro Cidade Baixa —afirmou Rodrigo Mohr Picon, comandante-geral da Brigada Militar.

O caso
Nathana Stephany Marques Gay, 23 anos, foi morta com um tiro na cabeça na madrugada de segunda-feira (19) na Cidade Baixa. O crime aconteceu na Rua da República.
A ação criminosa durou cerca de um minuto. De acordo com o delegado Paulo César Jardim, Nathana estava com mais duas amigas no momento do crime. Um ladrão tentou roubar a mochila de uma delas e a derrubou no chão. Nathana fugiu. Ao voltar para confrontar o bandido, levou um tiro na cabeça. Depois de atirar, o homem entrou no banco de trás de um carro que estava nas proximidades.
Jardim não descarta que três pessoas tenham participado da ação: o homem que atirou e outras duas pessoas que estariam em um carro usado para fugir do local. A polícia trata o crime como latrocínio.