O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs) realizaram, na manhã na manhã desta quarta-feira (13), uma manifestação contra o pacote de reforma do governo Leite. Em diversas casas prisionais do Estado, agentes limitam o ingresso de alimentos durante a visita de familiares. No início da manhã, os alimentos chegaram a ficar totalmente restritos, mas foram liberados parcialmente por volta das 10h30min.
Na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba , na Região Metropolitana, 40 visitantes compareceram ao local e estavam revoltados com a comida estragando. Foi autorizada a entrada de um familiar por cada detenta, levando somente remédios, cigarros e dinheiro.
— Vim de Camaquã ontem (terça-feira) e me disseram que os alimentos seriam entregues sem problemas nesta quarta-feira. E agora ocorre que não estão deixando, sem nenhum aviso, sem nenhum cartaz. O que faremos com a comida estragando? — indaga Raquel Souza, 33 anos.
Assim como Raquel, todos familiares e amigos das presas tiveram de deixar alimentos do lado de fora da cadeia. Nas celas, as presas batiam nas grades e incitavam tumulto, mas nenhum incidente mais grave foi registrado no local.
O presidente da Amapergs, Cláudio Fernandes, diz que o protesto, como operação padrão em dia de visitas nos presídios, é um ato contra o pacote do governo sobre reforma estrutural do Estado, que prevê 117 mudanças nas regras do funcionalismo. Entre elas, alterações no estatuto dos servidores, plano de carreira e aposentadorias.
A Assessoria de Imprensa da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) informou que vai tomar todas as medidas cabíveis para tentar resolver a questão e, posteriormente, não descarta sanções se houver algum problema maior. Até as 11h, segundo destacou a Susepe, o presídio de Guaíba regsitrava o maior tumulto.