A Polícia Civil apreendeu uma lancha de luxo, que seria do policial militar reformado Ronnie Lessa, apontado pelos investigadores como o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, em março do ano passado. A embarcação, uma Real 330, estava no Condomínio Porto Galo, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, reduto de pessoas com alto poder aquisitivo. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (13) pela assessoria da Polícia Civil.
A lancha, avaliada em R$ 600 mil, apreendida na terça-feira (12), estaria em nome de Alexandre Motta, que também foi preso, por ter em sua residência 117 fuzis desmontados. De acordo com a Polícia Civil, as investigações apontaram que Motta é laranja de Lessa, tendo inclusive feito movimentações financeiras em seu próprio nome. Além da lancha, Lessa também é proprietário de um terreno no mesmo condomínio em Angra.
Nesta quarta-feira, foram ouvidas na Divisão de Homicídios (DH) mais cinco pessoas que teria levado algum grau de relação com os acusados: um bombeiro militar, três policiais militares e um civil. Todos foram liberados.
Também foram cumpridos outros 16 mandados de busca e apreensão. Uma sexta pessoa se apresentou espontaneamente e também foi liberada.
Lessa, Alexandre e o ex-PM Elcio Queiroz aceitaram falar sobre a posse das armas, mas não falaram nada sobre a morte da vereadora. Na quinta-feira (14), os acusados vão ser levados para uma audiência de custódia. Só posteriormente serão levados para o sistema prisional.