Uma desavença entre dois grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas motivou o atentado que deixou dois homens e uma mulher mortos e três feridos na madrugada deste sábado (26) no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre. Essa é a principal hipótese da 2ª Delegacia de Homicídios após confirmar quem eram as três pessoas assassinadas.
Um dos mortos, Róger Abreu de Oliveira, 24 anos, era foragido por um outro homicídio na mesma área da delegacia. A investigação o identificou como autor do assassinato de José André Rodrigues Júnior, de 48 anos, ocorrido em um bar na Rua São Luiz, bairro Santana, na Capital, em janeiro de 2018.
— Hoje, se deu a execução dele (Róger) e de outras duas pessoas que o acompanhavam, provavelmente comparsas em suas empreitadas criminosas. Trabalhávamos há muitos meses na tentativa de localizá-lo, infelizmente não tivemos êxito e hoje aconteceu esse fato — comenta a delegada Roberta Bertoldo, responsável pela investigação.
O outro homem que foi morto, Salmeron Bartz Costa, 28 anos, não era foragido, mas também possuía passagens pela polícia. Ele já foi responsabilizado pela Polícia Civil por um homicídio, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Também já foi acusado por um roubo a pedestre.
A única das três vítimas que não possuía antecedentes criminais é Cassiane Alves Rocha, 21. A polícia tenta descobrir se ela também era alvo dos atiradores ou se foi morta por acaso.
As três pessoas feridas, de acordo com a investigação, foram atingidas por balas perdidas. A avaliação da delegada é que o número de vítimas foi baixo tendo em vista o grande número de pessoas no local. Duas delas já tiveram alta e uma segue em observação na manhã deste sábado.
Segundo a policial, o crime foi cometido por outras três pessoas que, provavelmente, passavam a pé pela Cidade Baixa e reconheceram Róger e os outros alvos em meio à multidão. Eles ainda ficaram alguns minutos observando as vítimas. A aglomeração de pessoas era muito grande no momento do ataque, por volta das 3h30min.
Graças a imagens de câmeras de segurança, a polícia já possui a identificação preliminar dos três envolvidos. Os agentes trabalham agora para confirmar os endereços, organizar provas e depois pedir mandados de prisão à Justiça.