Imagens de moradores de Ibiraiaras, no norte do Estado, mostram os criminosos que atacaram dois bancos na cidade nesta segunda-feira (3) fugindo após fazerem reféns e capturarem dinheiro. Em algumas das imagens, é possível verificar os criminosos atirando em policiais, enquanto reféns fazem um cordão humano para evitar a chegada dos agentes de segurança.
Quatro dos seis criminosos mortos no cerco após os ataques foram identificados pela polícia. Segundo a Brigada Militar, dois deles cumpriam prisão domiciliar, um estava em liberdade provisória e outro estava foragido.
A Brigada Militar apreendeu mais de R$ 115 mil com a quadrilha que assaltou duas agências bancárias.
BM enviou tropas e helicóptero à região de Ibiraiaras
Uma operação secreta da Brigada Militar (BM) já esperava que um banco na região entre o norte do Rio Grande do Sul e a Serra fosse atacado por assaltantes na modalidade do "novo cangaço" — quando moradores são usados como escudo humano. Esse tipo de ataque, geralmente, é organizado por um grande número de criminosos com armas longas, diminuindo a chance de resposta da polícia.
Ainda antes das 14h de segunda-feira, quando as primeiras pessoas foram feitas reféns, já havia um helicóptero e viaturas do Batalhão de Operações Especiais (BOE) entre os municípios de Muitos Capões, Vacaria e Esmeralda - vizinhos de Ibiraiaras.
O comando da corporação atribui a essa organização a rápida resposta ao assalto em Ibiraiaras, que resultou na morte de seis bandidos e de um dos reféns, o subgerente do Banco do Brasil, Rodrigo Mocelin da Silva, 37 anos. Na ação, foram apreendidos ainda fuzis, pistolas e metralhadoras.
A ordem para a operação partiu diretamente do subcomandante-geral da BM, coronel Eduardo Biacchi, e foi emitida a um grupo restrito de policiais. De acordo com o oficial, a ação é feita desde abril com o máximo sigilo para impedir qualquer vazamento de informação. Até esta terça-feira (4), policiais da corporação que não estavam envolvidos ou que não exercem funções de chefia sequer sabiam da existência da chamada Operação Diamante.
— É uma tropa para guerra de movimentos, para desestabilizar o crime. É uma rede móvel, que se movimenta, conforme as análises que fizemos de cada período. Vamos mobilizando os policiais de acordo com as informações de inteligência que vamos recebendo — detalhou o subcomandante.