O Tribunal do Júri de Porto Alegre deu início, nesta segunda-feira (19), ao julgamento do publicitário Ricardo Jardim, 59 anos, acusado de matar, em 2015, a própria mãe, Vilma Jardim, então com 76 anos. O júri começou pouco depois das 9h30min e, até o meio-dia, haviam sido ouvidos dois irmãos da vítima, que foram chamados pela defesa do réu. Outras duas testemunhas da defesa devem ser ouvidas.
A expectativa é de que a sentença saia no final da tarde. O Ministério Público acusa o publicitário de concretar o corpo da mãe dentro do apartamento dela, no bairro Mont'Serrat, na Capital, em 2015.
O crime ocorreu entre abril e maio daquele ano e foi descoberto após outros familiares notarem o sumiço da idosa. Pouco antes de ser assassinada, o marido dela havia morrido e deixado duas apólices de seguro, que somavam aproximadamente R$ 400 mil e que teriam sido pegas pelo publicitário.
Quando depôs sobre o sumiço da mãe, o publicitário afirmou que nada sabia e que costumava ir ao apartamento dela para regar plantas. As investigações, com base em afirmações de familiares, constataram mudanças no padrão de vida de Ricardo. Segundo a polícia, ele tinha salário inferior a R$ 2 mil e começou a aparecer com moto, equipamentos de informática e outros bens.
Em sua casa, teriam sido encontrados, descartados no lixo, documentos com informações de Vilma e notas de compra de cimento-cola e de um armário. No apartamento da mãe do réu, a polícia descobriu em um dos cômodos um armário branco, cuja tampa havia sido concretada. Dentro, estava o corpo da idosa, em avançado estado de decomposição. Quando os agentes foram à casa de Ricardo, o encontraram armado e com o passaporte na mão.
GaúchaZH não conseguiu contato com Renato Andrade Ferreira, que consta como advogado do réu no processo.