A Delegacia de Roubo de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) está solicitando à Justiça nesta segunda-feira (20) a prisão preventiva de cinco foragidos que integravam dois grupos de organização criminosa investigados por roubar 1,5 mil veículos na Região Metropolitana. Os suspeitos de Novo Hamburgo e de Alvorada clonavam carros e intermediavam a venda para receptadores. Os integrantes da quadrilha ainda são investigados por estelionato. Eles foram alvo na última sexta-feira (17) da terceira etapa da operação Macchina Nostra.
Entre os foragidos, está o líder de um destes grupos: Marco Gress. O nome dele foi divulgado pela polícia por entender que a prisão do suspeito é importante para evitar que essa nova célula desarticulada em operação policial na última sexta-feira (17) volte a se organizar. Nesta segunda-feira, os delegados Adriano Nonnenmacher e Marco Guns também iniciaram os interrogatórios dos cinco criminosos presos na semana passada. Na ocasião, foram apreendidos veículos, dinheiro e documentos falsos. O líder da organização criminosa, preso na primeira etapa da operação Macchina Nostra, realizada em março deste ano, foi interrogado novamente na última sexta-feria e não está descartada a transferência dele para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Atualmente, o indiciado está no Presídio Central. O Deic contabiliza 40 prisões nas três etapas deflagradas. Destes, 17 seguem detidos e 34 foram denunciados pelo Ministério Público.
Todos os novos envolvidos, incluindo os foragidos, têm antecedentes criminais. A polícia diz que a organização era dividida por tarefas e que tinha como meta roubar e clonar até 10 carros por dia. Outro objetivo era negociar os veículos roubados, já clonados, o mais rápido possível. Ou seja, após o roubo, os bandidos não demoravam mais do que um dia para adulterar e vender os automóveis por valores entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, conforme o modelo. Os veículos eram revendidos para todo o Rio Grande do Sul e para mais oito Estados.