Morreu em um hospital do Litoral Norte a quinta vítima da chacina ocorrida no dia 14 de julho em uma casa no bairro Indianópolis, em Tramandaí. Harri Nunes Bernardo, 51 anos, passou 10 dias internado até morrer por volta das 18h desta segunda-feira (24). Segundo a Polícia Civil, ele era viciado em crack e consumia a droga quando foi assassinado.
Bernardo foi baleado junto com outras seis pessoas na residência, que fica na Rua Hildebrando Pinheiro Veloso, e que foi invadida por criminosos armados. Morreram no local Fábio Luis Bandeira, de 36 anos, Tábata Prosasko Linck, 30 anos, e Rodrigo Seaia Motta, 41 anos. Rogério Pereira Feijó, 34 anos, foi socorrido ao Hospital de Tramandaí, mas morreu em atendimento. Uma outra pessoa ferida ainda está internada e outra recebeu alta.
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Responsável pela investigação, o delegado Paulo Perez não tem dúvida de que a chacina foi motivada por disputas por pontos de venda de droga na região. Conforme ele, as vítimas seriam todas usuárias de drogas, e somente uma delas era o alvo inicial dos bandidos. Detalhes do inquérito ainda são mantidos sob sigilo.
– Já temos uma linha bem forte na investigação, mas dependemos de alguns detalhes que serão acertados ainda para concluirmos. Talvez ao final desta semana podemos, inclusive, pedir prisões – comenta o delegado.
Até agora, ninguém foi preso.
Chacina evidenciou violência em alta
A chacina elevou o número de homicídios neste ano na cidade, que já era considerado alto pela polícia. Com a morte da quinta vítima, e um outro caso de homicídio no final de semana, Tramandaí chegou ao número de 36 assassinatos até 24 de julho. O número supera todo o ano passado, quando 27 foram mortos.
A avaliação dos policiais é que há um avanço de facções criminosas da Região Metropolitana para o Litoral Norte. O objetivo seria aumentar a lucratividade com novos pontos de venda de droga e fugir da atenção maior da polícia em Porto Alegre.
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Vitor Rosa
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