A polícia trabalha com a hipótese de que o segundo incêndio a ônibus em Porto Alegre no intervalo de apenas seis horas, ocorrido no começo da madrugada desta quinta-feira, foi ato de criminosos em represália a uma ação da Brigada Militar. Um ônibus da linha Icaraí, que seguia para a garagem naquele momento, para recolher, foi interceptado na altura da Rua Capivari, no bairro Cristal, por pelo menos oito criminosos encapuzados e armados pouco depois da meia-noite. Depois de mandarem o motorista e o cobrador desembarcarem, eles incendiariam o veículo.
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Cerca de uma hora antes desse episódio, durante patrulhamento de rotina na mesma rua, policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE) prenderam um homem com 18 tijolinhos de maconha e R$ 95 em dinheiro. Antes que ele fosse levado para a Delegacia de Pronto-Atendimento (DPPA), ocorreu um tumulto.
– Algumas pessoas tentaram arrancar o detido de dentro da viatura. Os policiais resistiram e chamaram reforço – confirma o comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Alexandre Brite.
Segundo ele, foi preciso o disparo de munição anti-motim no local para que os manifestantes dispersassem.
– Os policiais agiram dentro da lei. Prenderam um homem que estava traficando – garante o oficial.
O caso será investigado pela 20ª Delegacia de Polícia (DP) de Porto Alegre. Até o momento, a polícia não encontrou nenhum elemento que relacione o primeiro ataque a ônibus de quarta-feira, ocorrido no terminal Parobé no final da tarde, com este caso na zona sul de Porto Alegre.
Ataque a ônibus
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Cerca de uma hora antes do ataque, ocorrido no começo da madrugada desta quinta-feira, houve tumulto após a prisão de suspeito no bairro Cristal
Eduardo Torres
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