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Preso preventivamente há nove dias em uma cela do Grupamento de Operações Especiais (GOE), da Polícia Civil, o delegado Omar Sena Abud foi levado a depor na manhã desta quinta-feira na sede do Ministério Público, em Porto Alegre. Ele não respondeu às perguntas dos promotores encarregados da Operação Financiador, que resultou nas prisões do delegado e do comissário de polícia aposentado Luís Armindo de Mello Gonçalves.
– Ainda há muitos documentos sendo aportados nessa investigação, então optamos pelo silêncio neste momento. Qualquer manifestação será feita em juízo – diz o advogado Ariel Weber, um dos responsáveis pela defesa do delegado.
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Até o momento, o defensor afirma que não há uma estratégia para tentar aliviar a prisão preventiva ainda em vigor.
Conforme a investigação do Ministério Público, iniciada em novembro do ano passado, o delegado e o comissário estariam no topo da estrutura de uma quadrilha especializada em roubos de cargas. Caberia aos agentes o financiamento das ações criminosas e a garantia de proteção ao bando, que teria ligações com uma facção criminosa da Região Metropolitana.
A Corregedoria da Polícia Civil também apura o caso. As duas investigações são mantidas sob sigilo.