O Espírito Santo enfrenta crise na segurança pública, com saques em lojas, supermercados, onda de assassinatos e revolta da população.
Confira, em seis momentos, como o Estado capixaba chegou a esse estágio e o que se espera para esta terça e quarta-feira.
Sexta-feira, 3 de fevereiro – Um grupo de mulheres e filhas de PMs protesta em frente ao 6º Batalhão da Polícia Militar no município de Serra, na Grande Vitória, exigindo reajuste salarial e melhores condições de trabalho para os agentes.
Sábado, 4 de fevereiro – O protesto cresce e se alastra para a maioria dos batalhões da PM, inclusive na Capital, Vitória, e em cidades como Guarapari, Linhares e Aracruz, Colatina e Piúma. Familiares de PMs passam a impedir a saída dos agentes e de viaturas. As cidades ficam sem policiamento.
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Domingo, 5 de fevereiro – Com a ausência de PMs das ruas, a onda de violência se espalha. Dois ônibus são incendiados à noite, na ES-010, em Manguinhos, na Serra. Arrastões e arrombamentos são registrados em vários pontos da Grande Vitória, assim como assassinatos e roubos de veículos.
Segunda-feira, 6 de fevereiro – Lojas amanhecem arrombadas em Vitória, e funcionários são dispensados. Prefeitura da Capital suspende início do ano letivo na rede municipal e fecha unidades de saúde. Ônibus param de circular. Forças Armadas passam a atuar no patrulhamento das ruas em Vitória. Justiça decreta ilegalidade do movimento e estabelece multa de R$ 100 mil para descumprimento da ordem.
Terça-feira, 7 de fevereiro – Revoltados, moradores de Guarapari protestam diante do 10° Batalhão da Polícia Militar para que os PMs voltem ao trabalho. Pelo menos 200 homens da Força Nacional são esperados na Capital do Espírito Santo para ajudar na retomada dos serviços de policiamento no Estado.
Quarta-feira, 8 de fevereiro – Com a chegada da Força Nacional, tendência é de redução do clima de insegurança. Apesar da pressão do governo para que PMs voltem às ruas, fim dos protestos é incerto.