Presos que estão sendo mantidos na carceragem da Delegacia de Policia de Pronto Atendimento de Canoas atearam fogo na cela na tarde deste domingo (6). Uma policial passou mal ao inalar fumaça no combate ao incêndio, e teve de ser levada até um hospital da região.
O fogo foi rapidamente controlado. Os presos reclamam de estar na carceragem e querem ser levados a um presídio. Segundo o delegado regional Cristiano Alvarez, a carceragem da delegacia foi limitada pelo alto número de presos.
"Os presos acabam por esse convívio de vários dias aqui criando atritos até entre eles, e acabam também gerando essa reivindicação mais intensa, que não aconteceria se tivesse vaga nos presídios. É bastante frequente esse tipo de reivindicação, mas também bastante perigoso", lamentou o delegado.
Por causa da falta de vagas, presos em flagrante e foragidos recapturados estão sendo mantidos sob custódia da Brigada Militar. Duas viaturas da corporação estavam fora de serviço na tarde de hoje para cuidar dos detidos.
Na tarde de hoje, presos batiam nas grades das celas e ameaçavam matar outros detidos.
A Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) afirmou que vai conseguir remover para um presídio, ainda neste domingo, cerca de sete detentos da carceragem da DPPA, o que deve amenizar a situação.
Custódia da PRF
Por mais de 8 horas, entre a noite de sábado e a madrugada de domingo, policiais rodoviários federais tiveram de custodiar um preso também na DPPA de Canoas. Foi a primeira vez que a situação foi registrada com a PRF no Rio Grande do Sul.