A Polícia Civil vai fazer um retrato falado dos bandidos envolvidos em um fogo cruzado com a Brigada Militar que vitimou o eletricista Alexandre de Lima Machado, 45 anos, em Terra de Areia, no Litoral Norte. Ele morreu no dia 21 de outubro, quando parou o carro para falar ao celular e acabou morto na frente das filhas, enquanto policiais militares atiravam contra os suspeitos em fuga. As meninas, de seis e nove anos, não foram atingidas.
Segundo o delegado Juliano Aguiar, não foi possível identificar os criminosos. As testemunhas ouvidas até o momento não souberam precisar detalhes e as imagens das câmeras de segurança não são claras. "Uma das alternativas surgidas foi fazer o retrato falado, para que novas informações possam surgir", relata o delegado.
Além disso, o delegado espera um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP), que vai concluir se a bala partiu da arma de policiais militares ou de criminosos. Análise preliminar de câmeras aponta que o disparo foi feito por um criminoso.
Os assaltantes que trocaram tiros com a polícia haviam roubado uma casa no município. Conforme o depoimento dos moradores, o trio arrombou uma porta e mandou o casal e as duas filhas deitarem no chão. Ao perceberem o deslocamento da Brigada Militar, alertada por um vizinho que estranhou a movimentação na residência, os bandidos fugiram por um terreno baldio. Um deles tentou roubar a Zafira da vítima, estacionada na Avenida Alberto Pasqualini, momento em que começou a troca de tiros.
Morador de Gravataí, o eletricista aposentado havia deixado a cidade no final da tarde de sexta-feira para levar as filhas ao aniversário de uma prima, em Rondinha. Ele viajava até a região para tentar alegrar as meninas, que haviam perdido a mãe também em 2016.