Romper com o companheiro após criar vínculo emocional, se reconhecer vítima de violência, aceitar que o relacionamento não deu certo e levar o caso ao conhecimento da polícia é um processo doloroso para mulheres que sofrem violência doméstica.
Com rosto delicado, de quem acabou de sair da adolescência, uma jovem de 20 anos preenche uma ficha na recepção da Delegacia da Mulher de Porto Alegre, acompanhada da filha pequena, que irradia simpatia e conquista os olhares de quem está na sala. Os passos da menina são tão ágeis que interrompem a concentração da mãe. Ela não se importa de parar o que está fazendo para correr atrás da criança.
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Schirlei Alves
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