
A manhã de aula do 5º ano de uma escola de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana, foi tumultuada na última terça-feira. Uma aluna de 13 anos chegou na unidade com uma submetralhadora, um cartucho e quatro munições na mochila. O burburinho entre os alunos logo chegou aos ouvidos dos professores.
A Guarda Municipal foi acionada para resolver o problema. Os guardas revistaram a bolsa na presença da menina e constataram que o boato era verdade. Ali estava a arma de fabricação artesanal, que pesa em torno de dois quilos e é uma réplica das submetralhadoras usadas pelas Forças Armadas.
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A jovem foi acompanhada pelo Conselho Tutelar e pela equipe pedagógica do colégio até a Delegacia de Policia de Primeiro Atendimento (DPPA). A mãe dela também foi chamada.
Em depoimento à delegada de plantão, Marjane Simch, a jovem disse que não sabia como a arma foi parar na mochila.
_ Ela disse que só tomou conhecimento da arma ao chegar no colégio, quando mexeu na mochila. Depois mostrou para dois colegas, o pessoal comentou e chamaram a Guarda Municipal _ relatou a delegada.
Investigação continua
Como não foi constatada nenhuma situação de grave ameaça ou de violência, pois a adolescente não manuseou a arma, ela foi liberada da delegacia e entregue à responsabilidade da mãe.
Um termo circunstanciado foi instaurado por apreensão de arma de fogo de uso restrito. A investigação ficará a cargo da 4ª Delegacia de Polícia, que, até as 16 horas desta quarta-feira, não havia tomado conhecimento da ocorrência.
A secretária interina de Educação, Jeane de Oliveira, falou com a reportagem em nome da escola. Ela disse que os profissionais ficaram surpresos com o episódio, pois a menina é calma e não tem histórico de agressividade. O único problema detectado até então foi a recorrência de faltas.
_ A aluna é faltosa. Esgotamos todos os procedimentos com relação a isso, chamamos a família, fizemos visita em casa, fizemos uma pesquisa socioantropológica e encaminhamos o caso ao Conselho Tutelar _ disse a secretária.
O Conselho Tutelar não quis se manifestar sobre o caso, mas confirmou que a adolescente vive em situação de vulnerabilidade.