A Corregedoria da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) irá apurar se houve falha de servidores na fiscalização da limpeza da rede de esgotos da Penitenciária Modulada de Charqueadas. De acordo com o diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal da Susepe, Luciano Lindemann, caberia aos presos fazer a remoção dos dejetos e aos servidores da penitenciária fazer a inspeção. De acordo com Lindemann, a limpeza precisa ser feita diariamente, mas não ocorria há mais de duas semanas.
Este foi um dos motivos para a Justiça ter proibido a entrada de novos presos na cadeia. De acordo com a juíza da Vara de Execuções de Porto Alegre Sonáli da Cruz Zluhan, a situação dos presos reporta à Idade Média.
A penitenciária tem capacidade para mil homens, mas hoje abriga 1,4 mil. Na decisão, a juíza alerta também que os detentos estão sem colchões, sem enfermarias e remédios. Faltam ainda comida, água e luz e há proliferação de ratos no local.
A Susepe também está contratando uma empresa para para fazer o hidrojateamento que vai desobstruir a rede de esgoto da cadeia. Isso permitirá a limpeza e a remoção do lixo. Porém, essa contratação deve demorar ainda alguns dias para ser concluído. Enquanto isso, a superintendência está realocando presos para outras cadeias.