O Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) retomou o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que investiga um servidor suspeito de se passar por médico e abusar de pacientes. Ele havia sido suspenso devido à greve dos servidores técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O caso é do dia 20 de junho. Seis vítimas – cinco gestantes e uma portadora de esclerose múltipla – confirmaram os abusos.
Conforme o presidente da comissão responsável pelo PAD, Paulo Ricardo de Jesus Costa Filho, o processo foi suspenso para não comprometer o trabalho de investigação, já que os três membros da comissão estavam em greve. O PAD seria renovado por mais 60 dias a partir do dia 25 de agosto. Agora, passa a contar o prazo de mais 60 dias.
No dia 8 deste mês foi pedida, via portaria, a retomada do PAD de onde ele parou. Com a portaria homologada, a comissão começou os procedimentos preliminares, que é o de notificação do advogado do suspeito e da organização para chamamento a esclarecimentos dos envolvidos no caso.
Inquérito policial
Corre em paralelo ao PAD um inquérito da Polícia Federal (PF) que dá conta do caso. O servidor foi impedido pela Justiça de entrar nos campi da UFSM. Ele também precisa se apresentar à Justiça semanalmente e comprovar residência – isso, para evitar fuga.
A PF já ouviu seis vítimas – cinco gestantes e uma portadora de esclerose múltipla – que confirmaram os abusos. A pedido da defesa do suspeito, foram ouvidas duas pessoas: a namorada e um professor do servidor.
De acordo com o delegado Diogo Caneda, eles afirmaram que o servidor realizava uma pesquisa na área, pois visava um eventual aperfeiçoamento acadêmico – como um mestrado ou doutorado.
A PF aguarda um questionário que o Husm deve responder para dar continuidade à investigação. A partir daí, o próximo passo será ouvir o suspeito.