A Justiça decretou a prisão preventiva de dois homens acusados de assassinar o policial militar Márcio Ricardo Ribeiro, na noite de quinta-feira (16) dentro de um ônibus na zona sul de Porto Alegre. Luís Henrique Perpétuo da Silveira e Willian Richard dos Santos Alves já haviam sido presos em flagrante pela Brigada Militar.
A juíza Cláudia Junqueira Sulzbach, da primeira Vara Criminal da Restinga, considerou que há autoria do crime de latrocínio e que eles foram reconhecidos pelas vítimas. No entanto, o presidente da Associação de Praças da Brigada Militar, Leonel Lucas, contestou a hipótese de latrocínio.
"Não tem nada na conduta do PM, mas mesmo que tivesse, o que aconteceu foi qualquer coisa, menos latrocínio. A gente está preocupado, a categoria está totalmente revoltada", afirmou Lucas.
Nesta sexta-feira (17), uma testemunha que estava junto com o PM disse que ele não reagiu ao ataque dentro do coletivo. Nesta tarde, um terceiro suspeito foi detido para averiguação. No entanto, não havia provas e, como ele não foi reconhecido e auxiliou nas investigações, foi liberado.
Morte de policial
Márcio Ricardo Ribeiro foi atingido por sete disparos dentro de um ônibus na zona sul de Porto Alegre, na noite da última quinta-feira (16). Seis tiros acertaram o colete à prova de balas e um deles atingiu o policial na cabeça. O ônibus da linha Itapuã estava na Avenida Juca Batista, no Bairro Hípica, no momento dos disparos. Por volta das 23h, dois suspeitos foram detidos na Lomba do Pinheiro, zona leste de Porto Alegre. Eles foram reconhecidos por testemunhas, por meio de imagens. Imagens da ação dos bandidos dentro do coletivo foram divulgadas pela Brigada Militar.