O integrante da torcida Geral do Grêmio Fernando Ascal prestou depoimento na manhã desta terça-feira (9), na 4ª Delegacia de Polícia (4ª DP) de Porto Alegre. Ele foi o primeiro investigado no inquérito sobre injúrias raciais na Arena a ser novamente intimado pela polícia.
O depoimento durou menos de uma hora e, segundo a polícia, Ascal se reservou o direito de permanecer em silêncio. Na saída da 4ª DP, o torcedor negou, em breve declaração à imprensa, que tenha xingado o goleiro Aranha, do Santos.
"Nenhuma imagem mostra eu chamando ele (o Aranha) de qualquer coisa. Não tenho a nada declarar", afirmou.
A polícia investiga a participação de Ascal em outro possível crime na noite da partida. No entanto, não deu detalhes do caso. Já o advogado do torcedor, Silvio Eduardo Brutti, disse que a presença dele serviu para ratificar o que já havia dito no depoimento anterior.
"A única coisa que a defesa postula é essa condenação antecipada que está feita com todos os supostos indiciados por injúria racial. O clamor social está superando a lei penal", resumiu o advogado.
Mais um torcedor que já depôs também será chamado de novo à 4ª DP. É Rodrigo Rychter. A polícia não adiantou quais informações precisam ser melhor esclarecidas em novo depoimento. Os investigadores dizem que já há elementos para o indiciamento de cinco pessoas.