
O objetivo da Justiça de Três Passos é começar a ouvir já no mês de outubro as 22 testemunhas de defesa que estavam marcadas para depor na primeira audiência do caso Bernardo, ocorrida na semana retrasada no noroeste gaúcho. Além delas, outras 11 serão ouvidas por cartas precatórias nas demais cidades da região. Ao todo são 77 testemunhas, parte delas já prestou depoimento no final de agosto, início de setembro e por carta precatória.
Após esta etapa, que a Justiça acredita que vá até o final do ano, serão marcados os interrogatórios dos quatro réus acusados de matar Bernardo Boldrini, de 11 anos, no dia 4 de abril. Até lá também será decidido se eles serão julgados ou não pelo tribunal do júri.
Caso Bernardo
Bernando Uglione Boldrini, 11 anos, foi encontrado morto no dia 14 de abril, após dez dias desaparecido. O corpo do jovem estava em um matagal, enterrado dentro de um saco, na localidade de Linha São Francisco, em Frederico Westphalen. O menino morava com o pai, o médico-cirurgião Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini, e uma meia-irmã, de 1 ano, no município de Três Passos.
O pai, a madrasta e uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, respondem na Justiça por homicídio quadruplamente qualificado (motivos torpe e fútil, emprego de veneno e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver. O irmão de Edelvânia, Evandro, também responde por ocultação de cadáver. O pai de Bernardo ainda é acusado por falsidade ideológica.