O resultado do teste residuográfico feito nas mãos de três envolvidos em uma perseguição que resultou na morte de dois jovens em Bento Gonçalves, em março deste ano, não deve mudar o resultado do inquérito. Os vestígios de chumbo, bário e antimônio (dois metais e um semi-metal que podem ser encontrados nas mãos de quem faz um disparo) encontrados nas mãos de Tiago de Paula, 18 anos, Anderson Styburski, 16 e Danúblio Cruz da Costa, 20, não comprovariam que eles trocaram tiros com PMs na madrugada de 15 de março. O exame apenas indica que em algum momento eles atiraram.
Naquela madrugada Anderson e Danúbio foram mortos por brigadianos. Eles estavam no baú da Fiorino dirigida por Tiago. PMs alegam que tentaram abordar a Fiorino e foram recebido a tiros. Tiago e outro rapaz que estava no veículo negaram os disparos.
Os policiais militares Edegar Júnior Oliveira Rodrigues, 29 anos, e Neilor dos Santos Lopes, 23, além de Tiago, estão indiciados pelas mortes. O inquérito já havia sido remetido à Justiça mesmo sem esse laudo. Isso porque pelo entendimento do delegado Álvaro Becker, nada apontaria que durante a perseguição houve troca de tiros.