Por provas insuficientes, a Justiça concedeu liberdade provisória nesta sexta-feira (28) ao acusado de matar o publicitário Lairson José Kunzler. A decisão do juiz apontou deficiências no inquérito, e disse que não tem motivos contundentes para manter a prisão.
Jaerson Martins de Oliveira, o Baro, 41 anos, deve voltar ao regime semiaberto para cumprir a pena que já estava estabelecida por outro caso, depois de decisão do juiz Joni Victória Simões. Um dos fatos analisados pelo juiz do Foro Criminal da Tristeza é que foi apresentada uma declaração de testemunha sem qualquer identificação.
Jaerson foi preso no início do mês como suspeito de ter matado o publicitário Lairson José Kunzler, 68 anos, diretor de relações com o mercado da Paim Comunicação. Lairson sacou R$ 44,2 mil e seguia para o condomínio onde morava no bairro Cavalhada, quando na porta do condomínio foi atacado por dois motociclistas que efetuaram disparos que atingiram o publicitário. Os homens roubaram o malote e Lairson morreu instantes depois.
A testemunha que prestou depoimento teria visualizado os dois homens que mataram o publicitário após o crime em um ponto próximo ao condomínio onde morava o publicitário, apontando Jaerson como suspeito. Segundo a Delegada Áurea Regina Hoeppel, da 6ª Delegacia da Vila Assunção, responsável pelo caso, o homem é um empresário que, com medo de represálias, prestou depoimento em um campo neutro. As informações foram tomadas em um cartório com a presença de um tabelião. A delegada encaminhou à Justiça o depoimento da testemunha sem identificação, o que não foi aceito pelo juiz.
Entre as ponderações do juiz é que não estão prontas as perícias de impressões digitais para possívelmente apontar o autor do crime e alegação do acusado dizendo que estava em outro lugar trabalhando na hora do crime. A partir de agora Jaerson está liberado do crime Kunzler, entretanto, continua sendo investigado pela polícia até que tudo se esclareça. Com a liberdade provisória concedida ao suspeito, a investigação será retomada pela polícia.
O crime é um dos mais misteriosos do ano. A delegada do caso classificou o caso como difícil. Ela não está em Porto Alegre e deve ter acesso ao despacho do juiz somente na segunda-feira (31).