A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo anunciou a criação de uma força-tarefa para combater "baderneiros" e "arruaceiros" que participam de manifestações populares. O objetivo é identificar, com rapidez, as pessoas com condutas ilegais presentes nos atos. "A força-tarefa tem o objetivo de impedir que uma minoria de baderneiros atrapalhe o direito de manifestação dos demais", disse o titular da SSP, Fernando Grella Vieira. As informações são da Agência Brasil.
A força-tarefa será formada pelas polícias Civil e Militar e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo. Os trabalhos já foram iniciados, e todas as informações recolhidas pelas polícias desde as manifestações de junho serão colocadas à disposição do grupo.
No Rio de Janeiro, a Polícia Civil vai usar a Lei de Organização Criminosa contra as pessoas flagradas em atos de vandalismos durante as manifestações na cidade. No ato organizado na última segunda-feira pelos professores em greve, um grupo de mascarados ateou fogo a ônibus, destruiu as paradas de coletivos, queimou lixeiras e danificou agências bancárias e prédios públicos.
De acordo com a polícia, as investigações de casos vandalismo durante as manifestações serão baseadas agora na Lei 12.850, aprovada em agosto deste ano e em vigor desde o fim setembro. O texto prevê que a reunião de quatro ou mais indivíduos, formal ou informalmente, por qualquer meio, para a prática criminosa, seja autuada como organização criminosa, podendo os integrantes pegar até oito anos de prisão.