A denúncia partiu de PMs que participaram da solenidade de troca de comando do 34ª Batalhão de Polícia Militar (BPM). Conforme o relato, soldados foram obrigados a fazer flexões em frente aos convidados. Dois dos policiais teriam sido agredidos com pontapés por um capitão. A denúncia chegou até a Associação de Cabos e Soldados (Abamf).
O comando da Brigada Militar de Esteio instaurou nesta sexta-feira (12) Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar supostas agressões a soldados.
- Pagar apoio é quando o cara é aluno, não já formado. Muitos veteranos estavam ali, alguns com mais de 20 anos de Brigada Militar, e passando ao ridículo em frente à população. E o mais grave, na nossa opinião, é que o capitão agrediu os policiais e não foi preso em flagrante. Houve um crime militar ali - disse o presidente da Abamf, Leonel Lucas.
Segundo a associação, cerca de 20 pessoas testemunharam o episódio. O suposto agressor não teve o nome divulgado. Um oficial foi designado para presidir o inquérito. Os primeiros depoimentos já foram tomados na noite desta sexta-feira. O novo comandante do batalhão, empossado durante a cerimônia, disse não ter visto as agressões, mas confirmou as flexões.
- Dentro da vida e da rotina militares, isso acontece muitas vezes, mas depende das circunstâncias - justificou o major Luiz Eduardo Ribeiro Lopes.
O comandante afirmou ainda que o inquérito pode durar até 40 dias, mas acredita que o mesmo deverá ser concluído antes.